quinta-feira, 2 de julho de 2009

ÚLTIMAS NOTÍCIAS, O GOLPE CERCADO

Golpe em Honduras

O GOLPE CERCADO.
Robson Ceron

Embora tenham realizado uma manifestação ontem, os golpistas hondurenhos estão cada vez mais isolados. Como expressou o presidente Hugo Chaves “Os golpistas estão cercados, não lhes resta outro caminho que entregar o poder ao povo e ao presidente Zelaya”. No mesmo sentido, o presidente equatoriano, Rafael Correa, declarou: “As horas da ditadura hondurenha estão contadas”.

A própria manifestação promovida ontem, na capital hondurenha, deve ser relativizada, posto que, como bem observou um comentarista da Telesur, ontem à noite, tratou-se de uma manifestação das classes dominantes: “não se viu o rosto de um indígena”, “os cartazes eram escritos em inglês”, “todo era bem orquestrado”, disse.

Ou seja, tratou-se de uma manifestação do tipo “Cansei!” promovida pelos setores mais reacionários da sociedade hondurenha. Como percebemos pelas notícias que chegam de Honduras, os movimentos sociais estão todos se mobilizando contra os golpistas.

Ademais, a total falta de apoio internacional está conduzindo o golpe há um beco sem saída. Hoje a França e a Espanha chamaram seus embaixadores em Honduras de volta aos seus países.

Já a União Européia decidiu, nesta quarta-feira, suspender as negociações para um acordo de associação com a América Central, em razão do golpe em Honduras.

Juntam-se as posições contrárias ao golpe da ALBA, do Grupo do Rio, da OEA, da ONU, entre outros organismos internacionais. Ontem, o Subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Tom Shannon, afirmou que o presidente deposto, Manuel Zelaya, é “o presidente legal e constitucional” de Honduras.

Por sua vez, Zelaya mantêm atividade internacional, como verdadeiro presidente hondurenho que é. Ontem, seu discurso na ONU, referendado por toda a Assembléia, foi, de certo, bem sucedido.

Hoje, assiste à tomada de posse, do presidente eleito do Panamá, Ricardo Martinelli.

De fato, todas as atenções estão voltadas para o que poderá ocorrer amanhã: o retorno do presidente Manuel Zelaya a Honduras, acompanhado do Secretário-Geral da OEA, José Miguel Insulza; da presidente da Argentina, Cristina Fernandez; e do presidente do Equador, Rafael Correa.

Os golpistas ameaçam prender Zelaya: como se comportarão os seus acompanhantes? Os movimentos sociais estão mobilizados: se houver a prisão de Zelaya, como reagirão? Os militares consiguirão manter sua coesão interna?

De qualquer forma, o repúdio internacional ao golpe, mais enérgico ou mais vacilante, tem demonstrado, até aqui, que a era das operações Condor, não fazem parte de nosso horizonte.

Que o povo de Honduras vença, que os golpistas sejam punidos, para que se avance nas políticas sociais, liderados pela ALBA.

FONTE: http://convencao2009.blogspot.com/2009/07/ultimas-noticias-o-golpe-cercado.html

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