terça-feira, 19 de maio de 2009

Presos políticos de Guantánamo voltarão a ter julgamento militar

Barbárie imperial

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Adital

Na ultima sexta-feira, 15, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu reinstalar o Tribunal Militar na base de Guantânamo, em Cuba, local em que estão detidos presos políticos que respondem por supostos atos terroristas. Durante a campanha eleitoral, Obama prometeu que fecharia a prisão.

Nos primeiros dias como presidente, Obama assinou uma ordem executiva em que suspendia por 120 dias os julgamentos em Guantánamo e garantia a possibilidade de fechar a prisão no prazo de um ano. Para o professor do departamento de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques, que integra o Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), tal medida não mostrava que o presidente realizaria grandes mudanças na gestão, o que, agora, está sendo comprovado.

De acordo com o professor, o retorno dos Tribunais Militares mostra que “os Estados Unidos continuam violando a própria Constituição”, pois “os juízes especiais [utilizados nesses Tribunais] não têm amparo jurídico nos Estados Unidos”. Além disso, o professor ainda critica a promessa de Obama em fechar a prisão: “ele não tem que fechar as prisões, ele tem é que devolver Guantânamo aos cubanos”, considera.

Para o professor, a atitude de Obama em relação a Guantânamo já era esperada. Ele afirma que, com o anúncio, começam a cair as esperanças dos que viam o presidente como “Jesus Cristo”. Para Ouriques, o presidente é apenas um político americano e que, como tal, é o representante do imperialismo norte-americano. “Os eleitores de Obama certamente estão vendo como um político convencional”, afirma.

Segundo o professor, o que se pode perceber é que o presidente estadunidense continua seguindo a política imperialista do país. “Obama está se comprovando ser o que seria um político americano”, afirma. Para ele, quem se surpreendeu com a decisão do presidente era porque estava muito iludido. “Por que os Estados Unidos iam se tornar bonzinhos?”, questiona.

O que também continua em questão será a forma do julgamento. Os Tribunais Militares, também chamados de “comissões militares” se estabeleceram na administração de George W. Bush para julgar suspeitos por atos de terrorismo. Vá

FONTE: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?idioma=PT&cod=38757

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